terça-feira, 12 de abril de 2011

Palestra e bate papo com a artista plástica Romilda Patez 27.04.2011





Palestra e bate papo com a artista plástica Romilda Patez

27.04.2011


Palestra e bate papo com a artista plástica Romilda Patez que é graduada pela UFES, pesquisadora e professora de Cor e Laboratório de tintas no curso de Graduação em Artes Plásticas e Visuais UFES e Mestre em História e Crítica de Artes pela UFES.

Cidade: Vitória

Local: Galeria Homero Massena

Programação

Início às 19hs.

Exibir mapa ampliado

A Galeria Homero Massena está localizada na Rua Pedro Palácios, nº 99, Cidade Alta.

Entrada franca.

(27) 3132-8395

Museu Vale exibe “Anticorpos”, primeira retrospectiva dos Irmãos Campana no Brasil





Museu Vale exibe “Anticorpos”, primeira retrospectiva dos Irmãos Campana no Brasil

A partir de 20 de abril a mais completa retrospectiva dos Irmãos Campana poderá ser conferida no Brasil. A mostra, com 200 obras (de 1989 a 2009), foi realizada pelo Vitra Design Museum, Weil am Rheim, Alemanha, onde permaneceu até fevereiro de 2010, percorrendo posteriormente outros importantes centros culturais da Europa. A curadoria de “Anticorpos” é de Mathias Schwarz-Clauss, curador do Vitra, e a produção no Brasil, da ARTVIVA Produção Cultural.

“Anticorpos” tem como foco o conjunto dos trabalhos dos irmãos Fernando e Humberto Campana – artes plásticas, peças de mobiliário, jóias e instalações de grande escala –, elucidando suas estratégias, fontes de inspiração e as variadas abordagens do design que eles utilizam. Enquanto Humberto cria seus objetos como artesão e artista autodidata, Fernando participa como arquiteto experiente. Juntos, ignoram todas as convenções do design tradicional, brincam com a noção de funcionalidade e formam seus objetos poéticos a partir de realidades contraditórias.

Considerados figuras centrais do design internacional, os Irmãos Campana têm uma linguagem visual ancorada no Brasil, com extraordinário contraste de cores, formas e materiais. Utilizando fios emaranhados ou entrelaçados, algodão, plástico, cobre, retalhos coloridos e estampas em formas exuberantes, transformam uma cadeira numa obra de arte. Eles entendem o design como uma apropriação cultural de influências, e o sucesso de suas criações transcende as fronteiras entre a arte e o design, criando ícones estéticos com a forma de peças únicas e edições limitadas - o design de autoria.

A retrospectiva apresenta praticamente a totalidade dos trabalhos dos Irmãos Campana, incluindo coleções particulares e peças da coleção do próprio Estúdio Campana. Exibe ainda peças criadas pelos dois designers especialmente para “Anticorpos”, desenvolvidas em cooperação com o Vitra Design Museum. Dentre elas, um número de experimentações em papel machê e uma série de colagens em papel que anunciam cada tema da exposição, na ordem em que esses temas foram agrupados. Em paralelo, uma variedade de objetos curiosos que os Campana colecionam há muitos anos permite ao público decifrar o seu mundo pessoal. Um filme com imagens do balé “Metamorphoses”, cujos cenários e figurinos são de autoria dos Irmãos Campana, completa a mostra. O balé, inspirado nos textos mitológicos de Ovídio e coreografado por Frédéric Flamand, foi filmado durante uma apresentação no Théâtre National de Chaillot em Paris, em 2008.

A exposição
“Anticorpos”, que ocupará inteiramente o galpão de exposições do Museu Vale, será dividida em nove temas.

Fragmentos
A fragmentação e remontagem de um objeto é uma técnica artística conhecida. Os impressionistas a utilizavam para dar mais vida a uma sensação momentânea, enquanto que, no cubismo, ela expressava a simultaneidade de perspectivas variáveis. Humberto utilizou essa abordagem em suas primeiras esculturas de terracota, para traçar a desarticulação interna e externa. Com a poltrona Favela, de 1991,a ideia principal se tornou um tributo à improvisação e à efemeridade.

Objetos Trouvés
Em 1950, o designer italiano Achille Castiglioni já reinterpretava objetos e materiais cotidianos, extraídos de contextos alheios ao design, e os utilizava para criar trabalhos novos. No entanto, o interesse de Castiglioni estava nos efeitos funcionais resultantes; os irmãos Campana, por sua vez, privilegiam o conceito artístico de uma maneira mais parecida com o surrealismo e com o culto a objetos das sociedades indígenas: as histórias contidas nos objetos e materiais deixam a nova peça impregnada de significados adicionais.

Nós
Numerosos designs dos Campana são desenvolvidos exclusivamente a partir de estruturas lineares – como os desenhos tridimensionais. Esses desenhos em metal não aparecem como traçados de uma cadeira, biombo ou mesa; os fios de metal são utilizados como matéria-prima e repetidos continuamente, amontoados ou entrelaçados até que um objeto utilizável desponte. Os objetos criados dessa maneira lembram o mato impenetrável de florestas virgens.

Varetas
A série de objetos que os Campana construíram com feixes de varetas parecem refletir o caos artificial criado pelo homem – uma impressão que também é evocada pelos títulos, como Batuque ou Blow up. Esta série começou com um dos primeiros trabalhos de Humberto com metal: a escultura Grelha, que se assemelha a uma cadeira “grelha” grande demais, e assim torna-se uma espécie de comentário jocoso sobre o design.

Híbridos
Em sua Série Mistura, que começou em 1997, os irmãos Campana fizeram uma justaposição de materiais orgânicos e inorgânicos, naturais e industriais, quentes e frios. Na série Transplásticos de 2007, utilizaram mais uma vez essa abordagem, ao entrelaçar vime com materiais inusitados. Em seus primeiros objetos artesanais, Humberto já utilizava a maleabilidade tridimensional do vime; hoje, o material está presente em peças de luminárias e em assentos, para produzir esculturas figurativas em grande escala.

Planos Flexionados
O interesse dos Campana em combinar a abordagem artística com a produção industrial é representado por um grupo de objetos cujas formas claras e geométricas contrastam com o resto da obra dos artistas. Ainda assim, a perfeição estrutural sempre foi um princípio orientador para seus trabalhos. Alguns desses objetos, construídos “racionalmente” - todos mostram uma afinidade formal com o modernismo de Oscar Niemeyer -, já atingiram o estágio final de desenvolvimento para produção em série.

Objetos de Papel
Inspirados nas caixas de papelão que são reutilizadas e recicladas pelos catadores e moradores de rua de São Paulo, os Campana tiveram a idéia de utilizar a vantagem da transparência do material, que é revelada ao olhar diretamente através da fina espessura do papelão, para criar peças de luminária e biombos desse material. A partir dessas experimentações iniciais, logo começaram a utilizar o papelão também para mesas e assentos. Hoje, em parceria com o Vitra Design Museum, vêm explorando as possibilidades de criar, industrialmente, objetos manufaturados em papel reciclado e reciclável.

Agrupamentos
Uma das técnicas recorrentes dos irmãos Campana é retirar, de seu contexto original, materiais manufaturados ou encontrados por eles - e agrupá-los, para criar uma nova forma a partir dessa massa. Mesmo com materiais baratos e de fácil aquisição, esse método produz uma ilusão de luxo. O barroco, que está na raiz da cultura brasileira, assim como o crescimento excessivo da flora tropical e a explosão da população nos centros metropolitanos do Brasil, oferece modelos impressionantes para o tema.


Orgânicos
O ambiente natural do Brasil – que é exuberante, ainda que ameaçado pela exploração predatória –, tem sido a fonte de regeneração e inspiração que os Campana buscam continuamente, desde sua infância. A diversidade e os extremos das formas e cores tropicais são processados em objetos altamente engenhosos em seu interior – que, por sua vez, se apresentam como seres orgânicos e revitalizam, assim, o ambiente ao seu redor. No entanto, no mesmo tema, algumas de suas primeiras obras surgem como mutações geradas pelo contato com a civilização.

Os Irmãos Campana
Conhecidos internacionalmente como Irmãos Campana, Humberto (1953) e Fernando (1961) nasceram em Brotas, no interior paulista. Humberto graduou-se em Direito e, com o diploma debaixo do braço, começou a pesquisar oficialmente o que lhe interessava desde criança: as possibilidades infinitas do artesanato. Nos anos 80, montou um pequeno estúdio de produtos feitos à mão. Graduado em arquitetura, Fernando se interessava pela investigação de métodos alternativos para a materialização do design. Estudava o poder de comunicação e de
síntese dos traços de Le Corbusier e Oscar Niemeyer assim como a construção de objetos em pequena escala. Formado, estagiou na 17ª edição da Bienal de Arte de São Paulo.

No final de 1983, Humberto chamou o irmão para que o ajudasse na entrega de um grande pedido. Desde então, eles formam uma das duplas mais premiadas do design contemporâneo. São reconhecidos por sugerir novos códigos de leitura sobre os objetos além de contribuir para mudanças de perspectivas sobre a vida cotidiana. Sua primeira mostra juntos foi em 1989, na Galeria Nucleon, em São Paulo. A coleção de cadeiras de ferro chamou-se “Desconfortáveis”, uma seleção de peças que discutiu o aspecto artístico, o erro e a poesia contidos no desconforto.

Em 2009, ao completar dez anos da exposição que os lançou, o Estúdio Campana foi escolhido para celebrar seu aniversário no Vitra Design Museum, na Alemanha, que também comemorava uma década de existência. Os irmãos Campana são hoje conhecidos por suas inigualáveis e sofisticadas qualidades técnicas: o design de arte.

Suas obras estão expostas nos principais museus do mundo, entre os quais o Vitra Design Museum, na Alemanha, MoMa, de Nova York, e George Pompidou, em Paris. Fernando e Humberto Campana ganharam o Prêmio Especial Museu da Casa Brasileira, em 2001, e Designer of the Year, pelo Design Miami, em 2008.


O Curador
Mathias Schwartz-Clauss é curador senior do Vitra Design Museum, na Alemanha. Estudou História da Arte e Filosofia na Universität Trier e na Ruhr-Universität Bochum, onde se formou em 1991. Concebeu e organizou exposições de artistas como Ron Arad, Borek Sipek, Thonet, Charles e Ray Eames, Frank Lloyd Wright, Obras-primas da Coleção do Vitra Design Museum’s, Jean Prouvé – e, para a Pinacoteca Agnelli de Turim, na Itália, uma exposição da coleção particular de design de Alexander von Vegesack. Elaborou retrospectivas de Rudolf Steiner e dos irmãos Humberto e Fernando Campana. Mathias Schwartz-Clauss é consultor da academia de verão de Boisbuchet, na França. É colaborador de diversas publicações de design e atua como professor convidado em instituições de ensino de todo o mundo.

O Museu
Principal ícone da arte contemporânea no Espírito Santo, o Museu Vale tem como objetivo preservar a história do universo ferroviário e promover exposições de arte contemporânea, workshops de arte e filosofia para universitários e artistas, e oficinas de arte com crianças e adolescentes da rede pública de ensino. Desde que foi inaugurado, em 15 de outubro de 1998, o Museu Vale já recebeu mais de um milhão de visitantes. Gerido pela Fundação Vale que, através de parcerias com o poder público e a sociedade civil, busca contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades onde a Vale atua, o Museu Vale já sediou 34 importantes exposições, dentre as quais “Babel”, de Cildo Meireles (2006), com itinerância na Estação Pinacoteca do Estado de São Paulo e premiada com o Troféu da Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA - como a melhor exposição do ano; “Salas e Abismos”, de Waltercio Caldas (2009), que exibiu algumas instalações do artista jamais vistas no Brasil; “Amazônia, A Arte”, que mostrou a pluralidade da Amazônia no contexto da arte brasileira, com obras de 32 artistas e itinerância no Palácio das Artes, em Belo Horizonte; e “Atrás do Porto tem uma Cidade”, de Eder Santos, também com itinerância no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Por meio de seu Programa Educativo, que já beneficiou mais de 21.000 jovens da Grande Vitória, o Museu Vale realiza workshops criados por arte-educadores convidados e ministrados por estagiários de nível universitário. Também como parte da iniciativa, jovens aprendizes recebem capacitação em ofícios relativos à montagem e desmontagem das exposições.

Memória

Em seu espaço, o Museu Vale abriga ainda o Centro de Memória da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), ferrovia por onde passa o único trem de passageiros diário do Brasil que percorre longas distâncias. Visitar o acervo, composto de filmes, fotos e textos históricos sobre a linha férrea da Vale, é fazer uma verdadeira viagem no tempo. Além de dados históricos importantes, o Centro de Memória da EFVM reúne também um significativo acervo de arte contemporânea. Livros, catálogos, revistas e folderes de artistas nacionais e internacionais, que vêm sendo organizados desde a sua abertura, estão disponíveis para consulta de estudantes e pesquisadores acadêmicos.

Somente no ano passado, o Centro de Memória recebeu a visita de 191 pesquisadores, sendo que, desse total, 175 tinham foco acadêmico e os demais buscaram o espaço para pesquisas independentes. O perfil desse público é composto 89% por graduandos e cerca de 64% deles têm entre 19 e 25 anos. O espaço está aberto ao público de segunda à sexta-feira, das 10h às 18h.

“Anticorpos” – Irmãos Campana

Museu Vale
Antiga Estação Pedro Nolasco, s/n - Argolas - Vila Velha - ES - Brasil
Telefone: 27 3333.2484
Período: 20 de abril a 03 de julho 2011
Horário: de terça a domingo, das 10 às 18 h
www.museuvale.com

Assessoria de Imprensa: Meio & Imagem
Ana Ligia Petrone / Flavia Motta / Maurette Brandt
Tels: (21) 2533.6497 – 2533.4748
E-mail: meioeimagem@terra.com.br

Assessoria de Imprensa Vale
Cristiane Cássia/Marta Moreira
Tels: (21) 9769-7453 / (27) 9312-8848
E-mails: cristiane.cassia@vale.com / marta.moreira@vale.com